#DoaMG para combater a fome

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#DoaMG para combater a fome

Organizações e redes se unem em mobilização emergencial para reduzir o sofrimento de quem passa fome em Minas Gerais

Quase 30% das pessoas que vivem em Minas, cerca de 6 milhões de pessoas, convivem com a preocupação da falta de alimentos em um futuro próximo | Crédito: Adobe Stock


Cerca de 1,7 milhão de pessoas passam fome em Minas Gerais. O valor representa 8,2% do total da população e está no 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (Vigisan), pesquisa feita pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), entre novembro de 2021 e abril de 2022, e divulgado em setembro.

Ainda de acordo com os dados, mais da metade dos mineiros têm algum tipo de insegurança alimentar, somando cerca de 11,1 milhões de pessoas. Quase 30% das pessoas que vivem em Minas Gerais, quase 6 milhões de pessoas, convivem com a preocupação da falta de alimentos em um futuro próximo e 3,4 milhões, 16% da população, não têm acesso a quantidades suficientes de comida.

A falta de alimentação impacta o futuro. De acordo com o economista e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG, Mário Rodarte, a fome leva crianças em situação de desnutrição a morte, ou a desenvolver-se pouco, aprender menos, ter pior emprego e, no futuro, ter menos para dar para seus filhos. E o ciclo da desigualdade social se repete.  Para ele, além do prejuízo humano e social, a fome deixa marcas pesadas na economia.

A fome de hoje é resultado de uma política estadual e nacional de retrocesso de direitos e acesso às condições básicas e má gestão pública que enfraqueceu a economia, diminuiu a renda dos brasileiros e mineiros, trouxe de volta a inflação, agravou as desigualdades sociais e aumentou a dívida líquida e bruta do Estado, agravada pela Covid-19”,contextualiza Rodarte.

O especialista explica que a redução de investimentos na área social promoveu uma priorização do desenvolvimento econômico em detrimento do social. “Com o argumento de aumentar investimentos para impulsionar a economia, gerar empregos e reagir à crise, ao mesmo tempo reduzir gastos, os governos convenceram a população que esse é o melhor caminho. Porém, a segurança econômica não pode promover a desproteção social. Pior, a fome é causa e consequência desse desequilíbrio. E, economicamente, todos pagaremos essa conta”.

Moradores do bairro Santa Rosa, região da Pampulha, já entenderam que a fome é um problema de todos. Eles se uniram para criar a Caixa da Partilha. Duas caixas de feira pintadas e colocadas no portão para receber as doações de quem quiser colaborar, para quem desejar passar e pegar, uma iniciativa de Beatriz Moreira.

“Começamos com alguns donativos. Os amigos, vizinhos, motoristas dos ônibus que passam aqui na porta contribuem. Quem passa retira o que precisa. A fome é urgente e responsabilidade de todos nós. É necessário partilhar-se o que tem. Se pensarmos assim, conseguiremos organizar a sociedade, os setores e o governo para fomentar ações imediatas e, outras, duradouras, como políticas públicas eficazes de combate à pobreza” defende Beatriz.

Leia a matéria completa, por Élida Ramirez, de 8 de outubro de 2022, em: https://diariodocomercio.com.br/mm2032/fome-desafia-o-desenvolvimento-de-mg/

A FUNDAMIG acredita no trabalho em rede e, no atual contexto em que o país está inserido, como bem retrata a matéria escrita por Élida, estamos articulados em uma coalizão de organizações dos três setores da sociedade, unidas para reduzir o quadro da fome no estado. 


Dando sequência à campanha “Unindo Forças BH”, que captou mais de 2 milhões de reais em 40 dias e impactou quase 95 mil pessoas, várias organizações, nos âmbitos do Comitê de Combate à Fome e Pela Vida – COEP – de Minas Gerais, unindo forças com o Movimento Minas 2032, estão mobilizando a sociedade para a doação de alimentos e recursos ao Programa Mesa Brasil SESC MG, que fará a distribuição dos alimentos via organizações da sociedade civil cadastradas no Programa.

Veja como contribuir:

  • Participando da mobilização: entre em contato para fazer parte e ajudar na mobilização da sociedade e empresariado mineiro;

Pontos de recolhimento de alimentos não perecíveis:

Av. Augusto de Lima, 1715 – Barro Preto, Belo Horizonte – MG, 30190-002

  • Mesa Brasil – Sesc
    Av. do Contorno, 525 – Centro, Belo Horizonte – MG, 30110-042
  • Como OSC, para receber doações:

Pré-requisitos:

Organizações da Sociedade Civil que executem programas ou projetos sociais em defesa de direitos sócio assistenciais, LOAS e PNAS (Centros de educação infantil, casas de passagem, serviços de acolhimento institucional para crianças e adolescentes, instituições de longa permanência para idosos, comunidades terapêuticas e de reabilitação.) e entidades mediadoras (Associações comunitárias, serviços sócio assistenciais, pastorais, igrejas, entre outras.)

Para cadastrar uma OSC é necessário:

Realizar trabalho social sistemático 

Preparar e servir refeição no local (exceto as entidades mediadoras). 

Atender a público em vulnerabilidade social e/ou alimentar

Também são necessários os seguintes documentos:

  1. Estatuto Social;
  2. Ata de Posse;
  3. Cartão de CNPJ ativo;
  4. Registro no Conselho de Assistência Social ou outro Conselho de Direitos, ou em processo de registro;
  5. RG e CPF do responsável legal pela entidade;
  6. Termo de cooperação assinado entre as partes.

Entre em contato e agende uma visita para cadastramento: mesabrasil@sesc.com.br 

Participe do COEP Minas: coep.mg@gmail.com cc para Áureo Almeida de Oliveira <aureo.oliveira@fiocruz.br

Faça parte da FUNDAMIG: fundamig@fundamig.org.br 

2022-11-23T10:32:16-03:0023, 11, 22|0 Comments

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