Instituto Ramacrisna inaugura primeiro laboratório de inovação digital do Brasil, em uma zona rural

///Instituto Ramacrisna inaugura primeiro laboratório de inovação digital do Brasil, em uma zona rural

Instituto Ramacrisna inaugura primeiro laboratório de inovação digital do Brasil, em uma zona rural

Com tecnologia de ponta, Fablab Ramacrisna investe na capacitação e inclusão digital de jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social

Primeiro laboratório de inovação digital do Brasil a funcionar em uma zona rural, o FabLab,  projeto do Instituto Ramacrisna, foi inaugurado, há mais de um mês, no bairro Santo Afonso, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com 500m2, o espaço tem tecnologia de ponta e será voltado para a qualificação de jovens e adultos  e inclusão digital de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Só existem 25 unidades do mesmo modelo no país, sendo três em Minas Gerais – todas em Belo Horizonte.

O FabLab Ramacrisna oferece o que há de mais moderno e avançado em tecnologia, com ferramentas e materiais para a produção rápida de objetos por meio da prototipagem. O espaço conta com 6 impressoras 3D, 5 óculos de realidade virtual e uma Router CNC Corte a Laser, 18 tablets, computadores e 8 kits lego para a prática da Robótica Educacional. Esses equipamentos irão possibilitar a abertura de novos cursos profissionalizantes, totalmente gratuitos e com alta demanda no mercado.

A vice-presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro, exalta a importância da iniciativa para a transformação da sociedade. “Estarão à disposição de crianças, adolescentes, jovens e adultos equipamentos tecnológicos de ponta, que vão despertar neles a vontade de crescer e promover o resgate da autoestima. Não teriam outra oportunidade de se capacitarem com o que há de mais avançado em tecnologia, de forma gratuita. Imagina o impacto disso nas famílias, nas comunidades de cada integrante do projeto e, finalmente, o impacto na sociedade”, afirma, agradecendo aos parceiros do projeto: Prefeitura de Betim, Vale, WEG, Hotmart e Criança Esperança.

Segundo Solange, o FabLab traz novas perspectivas, um novo mundo, sem fronteiras econômicas e sociais. “Estamos atendendo alunos da rede pública. Eles estavam precisando de um estímulo para ingressarem no mundo digital. Agora terão formação tecnológica básica em fabricação digital, programação e eletrônica. Poderão prestar serviços ou criar seus próprios negócios. Eles terão várias possibilidades para trabalhar com impressão 3D, produção e preparação de materiais produzidos em Router CNC de Corte a Laser, arquivo digital corte/gravação, software, processos de fabricação digital, prática e designs a laser utilizando Sistema CAD”, exemplifica.

Transformação de vidas – O FabLab vai beneficiar adolescentes como Maxuel Felipe Ferreira Lobo, 16 anos. Foi com “brilhos nos olhos ” que ele viu pela primeira vez uma impressora 3D. Hoje já está aprendendo a mexer no equipamento e adquirindo conhecimento em robótica, realidade virtual, realidade aumentada, programação em bloco e desenvolvimento de aplicativos. “O investimento em tecnologia e inovação são fundamentais para o desenvolvimento de nossas habilidades. Para mim, o FabLab é a revolução que vai mudar o futuro de muitos jovens como eu. Minha vida será aqui”, orgulha-se.

Outra entusiasmada do Fablab é Gabriela Loregin, que conheceu o espaço quando lá não havia nada a não ser poeira. Alegre em ver tudo montado e aprendendo a trabalhar com programação e desenvolvimento de aplicativos, ela rebate o preconceito de que tecnologia não é para meninas. “Eu sempre fui apaixonada, já estudava robótica. Agora quero me dedicar ao máximo aos estudos para continuar estudando tecnologia, mas fora do Brasil, quero morar em Londres”, planeja.

“Meninas em Rede” forma primeira turma em programação e tecnologia

Projeto do Instituto Ramacrisna, apoiado pelo Criança Esperança, visa a inclusão de meninas em situação de vulnerabilidade social

Dominada majoritariamente pelo gênero masculino, a área de tecnologia também é lugar para as mulheres. E são elas as protagonistas do “Meninas em Rede”, o projeto que visa a inclusão de meninas em situação de vulnerabilidade social através do uso da inovação e a criatividade ao realiza oficinas de Tecnologia, Programação e Robótica. Lançado pelo Instituto Ramacrisna e financiado com recursos do Criança Esperança, além de atividades de Tecnologia, serão realizadas atividades esportivas e culturais como dança, xadrez, judô, entre outros esportes. A meta é atender 278 meninas, na faixa etária de 6 a 17 anos.

No início de maio, foi realizada a formatura da primeira turma da Oficina de Tecnologia e Programação, com 18 participantes. Até o final do ano, 60 meninas serão formadas por este curso, que prevê 200 horas/aulas práticas e teóricas de capacitação em programação, robótica, desenvolvimento de aplicativos, entre outros. As aulas são ministradas no FabLab Ramacrisna, com acesso a equipamentos de ponta, como impressoras 3D, óculos de realidade virtual, Router CNC Corte a Laser, tablets, computadores e kits lego para a prática da Robótica Educacional.

“Aprendi demais na oficina sobre aplicativos, softwares e rede de computadores.  Esse conhecimento será fundamental para a conquista do meu sonho, que é morar no exterior. A área de tecnologia é muito promissora”, conta Gabrielle Loregian, 14, uma das participantes do projeto.

A adolescente Júlia Vitória Pires, 13, também é grata pela oportunidade e exalta a iniciativa por mostrar que a área de tecnologia não é só para os meninos. “As mulheres estão se destacando também. Já somos muitas nesse setor”, diz ela, que elogia o alto nível da oficina. “Tivemos acesso ao melhor conteúdo e equipamentos de ponta sem pagar nada. Um curso como este é muito caro. Eu jamais poderia pagar”.

Sobre o projeto – O projeto “Meninas em Rede” tem como objetivo promover a inclusão digital de jovens do sexo feminino moradoras de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.  “As jovens em situação de vulnerabilidade são praticamente excluídas do ramo da tecnologia devido aos desafios sociais e de gênero que enfrentam diariamente. No entanto, o número de alunas interessadas nos cursos de tecnologia demonstra confiança e competência dessas meninas em se qualificar, contribuindo para desmistificar o argumento de que elas não conseguem um lugar de destaque no setor. Pelo contrário, são mais observadoras e eficientes nessa função”, opina a vice-presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro.

Segundo Solange, a oportunidade oferecida a essas meninas, moradoras em área rural da cidade de Betim, descortina horizontes que podem levá-las a um futuro brilhante. “O comprometimento e a desenvoltura no aprendizado deixam bastante claro que o investimento feito através do projeto Meninas em Rede e a confiança depositada nelas pelo Instituto Ramacrisna foi exitosa e um projeto piloto que será replicado outras vezes”, diz.

Fonte: Ramacrisna

2022-05-26T18:48:30-03:0026, 05, 22|0 Comments

Leave A Comment