Solidariedade ao Rio Grande do Sul

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Solidariedade ao Rio Grande do Sul

O Terceiro Setor brasileiro está unido em apoio a emergência humanitária que assola o Sul do país

Por Julia Caldas de Almeida*, 

em 8 de maio de 2024. Belo Horizonte / MG.

“A quantidade de pessoas afetadas já passa de 2 milhões. São mais de 200 mil pessoas desalojadas e vai piorar, pois há previsão de chuva, ventos e frio para as próximas 72 horas. Porto Alegre, Guaíba, Eldorado, Canoas, São Leopoldo e muitas outras cidades que formam a região metropolitana concentram 1,8 milhões de pessoas que estão sofrendo com o desabastecimento de água. Muitas regiões estão sem energia. Temos apenas uma via de acesso a Porto Alegre, que não é utilizada com volume de veículos pesados normalmente, e que está completamente trancada por congestionamentos para recebermos mantimentos. Minha preocupação é com a água e mantimentos para atender as pessoas nos abrigos, mas também a desmobilização que pode ocorrer por conta de insegurança e desarranjo social, por falta de limpeza e condições mínimas nesses abrigos, sem água e saneamento. É importante mobilizarmos e também mantermos um acolhimento aos voluntários, que são milhares. Quem não precisa de ajuda, precisa ajudar!” Esse é o relato do Nívio Lewis Delgado, atual presidente da Federação de Fundações e Associações do Rio Grande do Sul – FUNDARS.

O Rio Grande do Sul vive a maior tragédia de sua história. Será preciso uma força tarefa para reconstruir o estado e o Terceiro Setor brasileiro está unido mais uma vez, agora em apoio a emergência humanitária que assola o Sul do país, mostrando a força e a solidariedade de seu povo.

A FUNDARS criou uma rede que tem por finalidade conectar recursos, necessidades e soluções entre e para as Organizações da Sociedade Civil – OSC que estão operando nessa catástrofe. “Também estamos reunidos para catalogar as informações sobre ações que o Terceiro Setor está realizando para que tenhamos melhor utilização dos recursos, cada vez mais escassos. Estamos unidos como time e como instituição. Colaborando dentro e fora da FUNDARS com a sociedade, em rede com o Terceiro Setor gaúcho e brasileiro para reerguer o Rio Grande do Sul.”, complementa Nívio.

O Terceiro Setor é composto pelas Organizações da Sociedade Civil – OSC. São fundações, associações ou organizações religiosas, pessoas jurídicas, de direito privado, que não possuem finalidade lucrativa e exercem atividades de caráter público, social e ambiental. As OSC, popularmente conhecidas como ONG, são as mais preparadas para atuação, em conjunto com o setor público, em casos de emergências humanitárias, pois atuam diretamente nos territórios em conjunto com as comunidades locais, ou seja, têm muito conhecimento de causa.

As Organizações sem fins lucrativos fazem, atualmente, uma gestão de excelência dos recursos recebidos, devolvendo para a sociedade R$9,70 em serviços essenciais para cada R$ 1 assegurado às filantrópicas em forma de imunidade tributária, como mostra a pesquisa “A Contrapartida do Setor Filantrópico no Brasil”, realizada pelo FONIF. São, ainda, muito bem articuladas com os demais setores para uma atuação conjunta, inclusive com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e demais órgãos competentes.

“Nós, da CEBRAF, estamos mobilizados em apoio a Federação de Fundações e Associações do Rio Grande do Sul, a FUNDARS, que não tem medido esforços para articular e fortalecer o Terceiro Setor do estado, que tem levado todo o apoio necessário às vítimas dessa catástrofe.” Manifesta Dr. Tomáz de Aquino Resende, presidente da Confederação Brasileira de Fundações – CEBRAF e Diretor da Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado – FUNDAMIG.

Tanto cidadãos quanto empresas conscientes têm feito grandes doações, que são essenciais para financiar a operação dessas OSC, que estão cada vez mais preparadas para gerir e prestar contas do recurso, com transparência. É o que a presidente da FUNDAMIG e vice presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro espera: “Venho, em nome da FUNDAMIG, pedir a cada organização e cidadão mineiro que faça o que estiver a seu alcance para apoiar o Rio Grande do Sul nesse momento trágico da história gaúcha”.

Segundo a pesquisa “Varejo com Causa”, de 2021, uma iniciativa do Grupo MOL, do Movimento Arredondar e da consultoria CAUSE, uma das causas que impede o brasileiro de doar mais é a desconfiança: “Desconfiam de fraude ao passar informações – 13,5% e não tem visibilidade sobre o que é feito com o dinheiro – 10,5%”. Preparamos, então, um guia com opções seguras para sua doação, seja de qualquer valor em dinheiro, de itens ou de sua força de trabalho (voluntariado), confira abaixo e faça a sua parte!

  1. Como ajudar com doações em dinheiro
  1. Para o Banco de Alimentos do RS

Nesse momento, a FUNDARS indica a Fundação Bancos Sociais (conhecida como Banco de Alimentos do RS) para receber doações em dinheiro, por sua reconhecida gestão competente e ágil, respeitada pela sociedade e pelo Ministério Público do RS, órgão que faz o velamento das fundações privadas brasileiras.

“A Fundação Bancos Sociais tem a capacidade de captar e usar bem os recursos em diversas frentes e por bastante tempo. Faz isso há muito tempo e faz bem. Tem gestores profissionais, advindos da indústria. Levará tempo para reerguer o RS, precisamos de gente competente e transparente para canalizar os recursos.” pontua o presidente da FUNDARS, que faz um apelo: “independentemente de onde estejam, no país ou fora dele, peço que apoiem aqueles que mais precisam nesse momento, como puderem”.

Se você está no Brasil:


  1. Para a Cruz Vermelha Brasileira – CVB

A CVB-MG se une à Cruz Vermelha Brasileira – afiliada Rio Grande do Sul e inicia uma campanha de ajuda humanitária através dos cartões humanitários. Os cartões são uma modalidade inovadora e tem se mostrado a forma mais eficiente e rápida de levar ajuda a quem precisa. Com valor fixo e único, eles fornecem autonomia e dignidade para que o beneficiário escolha exatamente o que deseja e precisa comprar dentre as opções de alimentos, água, itens de higiene pessoal e limpeza. Com a economia em custos logísticos como transporte, armazenagem e mão de obra, os cartões ainda fomentam a economia local, diretamente afetada em casos de emergência e catástrofes como é o caso do sul do país neste momento. Junte-se a nós, qualquer quantia faz a diferença neste momento e nada mais mineiro do que ajudar: https://www.cruzvermelhamg.org.br/ajuda-rs 

  1. Com doações de itens:
  1. Se você está no RS: para o Banco de alimentos do RS
  1. Para quem está em Minas Gerais: Serviço Social Autônomo – SSA/Servas e Defesa Civil de MG arrecadam doações para vítimas da chuva no RS

Em meio à devastação causada pelos recentes temporais que assolaram o Rio Grande do Sul, o espírito de solidariedade emerge mais uma vez. O Serviço Social Autônomo – Servas e a Defesa Civil de Minas Gerais uniram forças para arrecadar doações destinadas às comunidades afetadas por essa tragédia. 

O que estamos arrecadando: Cobertores, água, produtos de higiene e limpeza, alimentos não perecíveis são alguns dos itens essenciais que estão sendo solicitados para ajudar as famílias atingidas. 

Ponto de coleta: Para facilitar a colaboração daqueles que desejam ajudar, um ponto de coleta foi estabelecido na sede do SSA-Servas, localizada na Avenida Cristóvão Colombo, 683, no bairro Funcionários, em Belo Horizonte. O local está disponível para receber doações de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. 

Fonte: https://servas.org.br/noticias/ssa-servas-e-defesa-civil-de-mg-arrecadam-doacoes-para-vitimas-da-chuva-no-rs/  Acesso: 08/05/2024


3. Voluntariado: Junte-se a Vvolunteer: Mais de 10 anos de atuação em ajuda humanitária. São milhares de voluntários em campo e milhares de agentes humanitários formados. Além de ações em algumas das maiores tragédias do mundo, como: crises de refugiados, vítimas de terremoto, pessoas em vulnerabilidade em mais de 20 países e em todo o Brasil. A VV também faz parte do Fórum de Refugiados da ONU e todas suas ações seguem os ODS da Organização.

Em momentos de tragédia, muitos querem AJUDAR, DOAR, VOLUNTARIAR. Esse sentimento é nobre! Mas se não for feita da maneira correta, a AJUDA PODE ATRAPALHAR!

É por isso que a Vvolunteer, neste momento tão grave, está realizando uma CAPACITAÇÃO ONLINE GRATUITA para todos que desejam DOAR, AJUDAR, VOLUNTARIAR em RESPOSTAS HUMANITÁRIAS.

Vamos fazer a diferença de forma segura e eficiente com a VV! Participe! Inscrições: https://conteudo.vvolunteer.com.br/lista-de-espera-live-capacitacao-2?utm_source=Link+da+Bio+do+RD+Station&utm_medium=social&utm_campaign=CTA+no+Link+da+Bio&_gl=1*1xdytrb*_ga*MTQxOTQ4NjE3NS4xNzE1MTk2Mzg3*_ga_PGYH1RS7QP*MTcxNTE5NjM4Ny4xLjAuMTcxNTE5NjM4Ny42MC4wLjA

Doe da maneira correta

Você sabe a melhor maneira de ajudar? Confira abaixo as dicas da Humus, uma organização de ajuda humanitária, que atua com foco em desastres, fundada pelo Capitão da reserva do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Leo Farah, considerado um dos maiores especialistas em desastres e liderança do Brasil.

Muitas vezes, ao invés de doar dinheiro, as pessoas preferem mandar mantimentos para ajudar em situações de desastres. Mas é preciso entender que existe uma logística enorme e complexa, desde o recebimento da doação até a entrega para as pessoas que precisam.

Na maioria das vezes os locais de armazenamento de doações não estão preparados para um grande volume de doações e os voluntários precisam de espaço seguro para organizar, realizar a triagem e implementar um sistema de distribuição eficiente, considerando a necessidade de cada indivíduo ou família. Então, os cuidados que indicamos no carrossel são fundamentais para facilitar o processo de doação.

Além desse material, a Humus também disponibiliza em sua página um guia: “Melhores Práticas para doações em desastres”, que compartilhamos e recomendamos a leitura: https://bit.ly/MelhoresPraticasHumus 

* Julia Caldas de Almeida é Relações Públicas (PUC MG, 2009) e pós graduada em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global (PUC RS, 2023), com mais de 15 anos de atuação em comunicação estratégica e gestão no Terceiro Setor. Atualmente é superintendente executiva da FUNDAMIG, membro da curadoria do Fórum Internacional de Voluntariado Transformador e Sustentabilidade (MV / FUNDAMIG); cofundadora e membro do corpo consultivo do Núcleo de Altos Estudos em Voluntariado e Sustentabilidade – NAVE (MV / FUNDAMIG). Também, integrante do Comitê Executivo do COEP Minas e da Rede Mobilizadores COEP Brasil, pelos quais atuou, durante a pandemia, no apoio à campanha emergencial Todos Contra a Fome. Participa também do Movimento Minas 2032, onde lidera o GT Terceiro Setor (DC / Instituto Orior). É GP do Diagnóstico do Terceiro Setor MG (CAOTS-MPMG / FUNDAMIG), coidealizadora do Circuito Comunicação de Causas e do Movimento A Força das Mulheres no Terceiro Setor (Conectidea / FUNDAMIG), líder da campanha #DoaMG (Dia de Doar – Minas Gerais) desde 2021 e membro da curadoria do Fundo Regenerativo da Grande BH (ANC, 2024).

Mais informações / contato: Tássia (FUNDAMIG)

31 9 8654-0391 / comunicacao@fundamig.org.br 


2024-05-09T01:12:35-03:0009, 05, 24|0 Comments

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