Gentileza dever ser ativo na vida e no mercado

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Gentileza dever ser ativo na vida e no mercado

Especialistas defendem que ser gentil favorece o indivíduo, a coletividade e constrói uma economia mais saudável, longeva e rentável

Élida Ramirez *

Em 13/11 é celebrado o Dia Mundial da Gentileza. Embora ela seja primordial, ainda não consolidamos no país uma cultura social nem corporativa para praticá-la como deveríamos. O contexto explica parte da situação.

Vivemos há cerca de 30 anos sob o conceito econômico de mundo VUCA, que se refere ao cenário econômico de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Somamos isso à exigência de alta performance e a combinação é explosiva.

O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em casos de síndrome de burnout, caracterizada pelo esgotamento físico, emocional e mental causado pelo estresse crônico no trabalho. Na descrição da doença, a Organização Mundial de Saúde, OMS, a define como “sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida”.

“Houve uma subversão do tempo. A lógica imposta é a da produtividade por conexão. Precisamos performar socialmente e corporativamente, estando ligados a várias frentes para não perder o ‘timing’. Para viabilizar essa ideia equivocada, criamos uma realidade fragmentada com pensamentos rasos e relações sem gentileza. Só assim, conseguimos executar as tarefas que não cabem nas horas. E isso afeta a percepção da nossa existência. Em que, como e para que dedicamos nossas vidas?”

Contextualiza indagando, Maria Flávia Bastos, professora da FDC, estudiosa e defensora da gentileza como ferramenta da produtividade sustentável. Para ela, o Burnout no Brasil está relacionado a falta investimento em políticas de gentileza no Estado, nos departamentos de desenvolvimento humano das empresas e nas comunidades. E acontece dentro de empresas sem a cultura do cuidado. Além dos prejuízos para a saúde laboral e pessoal,as corporações têm perdido dinheiro com a rispidez. E, por isso, têm estado mais atentas aos programas e às políticas corporativas para um ecossistema gentil.

“A gentileza é um ganho para todos. Abre as portas do relacionamento entre as pessoas e nos negócios, neutraliza problemas, cria ambientes de comprometimento e de produtividade à base da leveza. Isso favorece laço e lucro. As empresas deixam de perder tempo e dinheiro com medo, ansiedade, afastamentos. E passam a dedicar-se ao cuidado, respeito, empatia, entrega e mais dividendos” garante Maria Flávia.

Em 13 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Gentileza; intenção é disseminar e fortalecer a gentileza empresarial na matéria do Dia do Idealista de hoje, 11 de novembro

Segundo o dicionário Aurélio, “gentileza” é um ato afetuoso. Nesse espírito, nasce em 2016, o projeto Verbo Gentileza. Idealizado por Pat Tavares, CEO da Do Brasil live MKT.

“A proposta era trazer para Belo Horizonte uma iniciativa em que a gentileza fosse meio para a ação transformadora que é capaz. Para isso, criamos um festival que usa a arte para resgatar essa prática. Elencamos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, da ONU que faziam sentido para nossas vidas e negócio e há 8 anos semeamos uma cidade mais gentil. Isso impactou na nossa conduta na Do Brasil que por causa do Verbo Gentileza tem como propósito agora conectar pessoas através da prosperidade e gentileza” pontua Tavares.

O projeto Verbo Gentileza completa sua oitava edição em 2023 na capital mineira. Anualmente é selecionado um verbo tema para inspirar, conectar pessoas e iniciativas que cuidam e marcas socialmente responsáveis, direcionados pelas premissas da Agenda 2030 e os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. O objetivo do VG é ser uma plataforma de ações individuais e coletivas, on e off-line. E engajar – por meio da cultura, da educação e de ações de conscientização.

“O Verbo Gentileza ensina que, mesmo nas situações críticas ou de muita pressão, em que ser gentil demanda esforço, vale a pena. Isso porque é melhor investir em energia que transforma para melhorar. E nosso negócio cresce sob essa perspectiva. Somos uma das maiores agências de live MKT do país e a gentileza é nosso grande ativo”, celebra.

Negócios delicados – formação de lideranças gentis para a construção de novos paradigmas

Atenta aurgência de mudança e a diversidade de desafios, a paulista Camila Rigo, palestrante, empresária e ativista pela delicadeza, tem atuado em empresas como facilitadora da gentileza em empresas para solucionar questões pontuais.

Tomando como ponto de partida o conceito de negócios delicados, idealizado por ela, Rigo propõe a prática da gentileza abordando três eixos: passado – no respeito à bagagem de cada um; presente – na escuta e observação cuidadosa ao bem estar e futuro – com a abertura para a construção de combinados e modelos de convivência. Camila reforça que é preciso delicadeza para transformar.

“Atuo na metodologia da delicadeza para soluções corporativa há 15 anos. Sei que há momentos em que acreditamos não ter de onde tirar gentileza. Mas há. Passei pelo luto do meu marido, endureci, adoeci e só pude retomar minha vida e meu negócio quando eu me permiti retornar ao universo do delicado. Não fosse isso, minha empresa poderia estar prejudicada, minha saúde estaria comprometida e, seguramente, eu não estaria revolucionando a gestão nas empresas. Tanto a CoCriar como a Mundo Afora fomentam a delicadeza. E precisam ser isso em sua essência” pondera.

Comunicação transformadora

O Jornal Diário do Comércio acredita na gentileza, na espiritualidade e no afeto como instrumento de gestão. Há um ano, as celebrações pelas nove décadas do veículo reforçaram o compromisso do DC com os caminhos que levam à construção de novos modelos de comunicação dentro das redações e junto à audiência. Adriana Muls, presidente do jornal, reforça que a mudança é feita diariamente e por meio de pequenos gestos.

“Reconhecemos como é desafiadora a missão diária de exercer a comunicação para a transformação. Porém, nosso negócio está comprometido em entregar excelência em jornalismo à sociedade mineira. Por isso, estamos cada vez mais atentos aos hábitos gentis. De dentro para fora”, reforça Muls.

O projeto pelo Dia do Idealista, por exemplo, é uma iniciativa de delicadeza e afeto do Movimento Minas 2032 – Pela Transformação Global – criado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO e Instituto Orior para fomentar a Agenda 2030 – em parceria com o Idealist.org e a Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado (Fundamig).

O fomento dessa reportagem está em consonância com 5 ODS: 3,8,10,16 e 17. E colaboram para que alcancemos a meta da Organização das Nações Unidas por um mundo mais sustentável de economias mais justas e longevas na Terra.

Nesse 11/11, o leitor conheceu relatos da transformação de empresários e pessoas que revolucionam suas vidas sendo gentis em seus negócios e prosperarem a partir dessa cultura. E já pode começar a interagir com o Botão de Agir, instrumento conduz o leitor às oportunidades de ação relacionadas a cada matéria.

Clique no botão de agir e comece sua jornada de gentileza corporativa agora!


Leia na íntegra: Diário do Comércio

2023-11-13T13:04:16-03:0013, 11, 23|0 Comments

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