Cultura da doação ganha força em Minas Gerais

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Cultura da doação ganha força em Minas Gerais

Foi realizada na sexta-feira (24), na unidade Belo Horizonte da FDC, a segunda edição do Conexão #DoaMG | Crédito: D’arc e Divulgação Fundação Dom Cabral

Edição 2023 do evento chama o setor produtivo para a “ação”

Daniela Maciel*

Celebrando o Dia de Doar em Minas Gerais e a cultura de doação, que neste ano vai ser comemorado no dia 28 de novembro, foi realizada na sexta-feira (24), na unidade Belo Horizonte da Fundação Dom Cabral (FDC), a segunda edição do Conexão #DoaMG.

Realizado pela Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado (Fundamig), em parceria com diversos parceiros e apoio do Movimento Minas 2032 (MM 2032), capitaneado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o encontro faz parte da campanha #DoaMG, que está alinhada ao movimento internacional #GivingTuesday, que acontece em 85 países. A iniciativa tem como objetivo disseminar a cultura da doação e captar recursos.

A edição 2023 do evento, segundo a superintendente-executiva da Fundamig e líder da campanha #DoaMG, Júlia Caldas de Almeida, chama o setor produtivo para a ação. O objetivo é sensibilizar e capacitar as empresas a serem doadoras e a espalharem a cultura da doação entre os seus diferentes stakeholders.

“O #DoaMG acontece desde 2021 e esse é o segundo ano do evento. Em 2022, o encontro foi voltado para as organizações sociais. Buscamos oferecer a elas capacitação e oportunidade para falar com a sociedade, mostrando seus trabalhos, desafios e dificuldades. Este ano, fizemos um chamamento ao segundo setor. A pandemia deixou claro o papel social das empresas e o quanto elas podem ser potentes na transformação da sociedade, melhorando a qualidade de vida da população como um todo, não apenas daqueles que estão no seu entorno”, explicou Júlia Almeida.

A campanha #DoaMG 2023 foi dividida em três etapas:

  • Chamamento/educação/organização: foram formadas as redes de colaboradores e realizada uma campanha educativa com reportagens no projeto Idealista, em parceria com o MM 2032 e publicadas no DIÁRIO DO COMÉRCIO.
  • Mobilização: foi formado um grupo de trabalho com 10 organizações da sociedade civil (OSC/ ONG), para suporte e aceleração das campanhas nas áreas de captação de recursos, comunicação, tecnologia social e digital.
  • Evento Conexão #DoaMG: evento presencial que mobiliza representantes dos três setores da sociedade.

O papel e a importância do governo, nas suas diferentes instâncias, no fortalecimento da cultura de doação em Minas Gerais e como facilitador e fiscalizador do trabalho das organizações da sociedade civil, foram destacados pela vereadora em Belo Horizonte, Marcela Trópia (Novo), presente no Conexão #DoaMG.

“Eventos como esse são simbólicos e importantes. As pessoas se conhecem, se conectam, fazem negócios. É muito bacana a gente poder reunir todos os atores do primeiro, segundo e terceiro setor e sociedade civil para entender quais são as prioridades e os gargalos. O papel do poder público é tornar cada vez mais simples para essas empresas e organizações sociais ficarem de pé e também incentivar colocando recursos, fazendo uma locação mais inteligente, otimizando a assistência social, fazendo as políticas públicas funcionarem na ponta e utilizando dessas organizações, desse terceiro setor que pode ser muito mais parceiro. Eu acredito muito nessas parcerias de médio e longo prazo para termos uma sociedade melhor”, analisou Marcela Trópia.

Programação do Conexão #DoaMG reforça cultura da doação no primeiro setor em Minas Gerais

A tarde de compartilhamento de conhecimentos na FDC contou com palestras do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, do Sistema B, casos de sucesso como do Comitê pela Cidadania/Petrobras e Tio Flávio Cultural.

Teve, ainda, a apresentação de 10 campanhas realizadas por entidades participantes do Grupo de Trabalho: Associação Nossa Cidade (ANC), Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMais), Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus (NACJ), Sistema Divina Providência (SDP), Associação Mineira de Reabilitação (AMR), DII Brasil, Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura (Avec), Fundação Salvar, Fundamig, além da FDC.

“Esse é um espaço para a troca, para buscar soluções. A mobilização, porém, continua na divulgação dessas 10 campanhas e também de outras associadas da Fundamig. Esse é um movimento que não acaba. Dia de doar é todo dia”, pontua a superintendente executiva da Fundamig.

Anfitriã do evento, a diretora Estatutária da FDC e também vice-presidente da Fundamig, Nádia Rampi, destaca que não existe uma causa menos importante do que a outra. As organizações sociais envolvidas no projeto abarcam os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2015.

“A doação independe do poder aquisitivo. As pessoas doam tempo, dinheiro, sangue, órgãos, participam de campanhas de solidariedade, por exemplo. A escolha é pessoal, tem a ver com o que mexe com o propósito de cada um. Ao longo da pandemia vimos grandes grupos se juntando para ajudar a sociedade. Essa responsabilidade faz parte do novo conceito de capitalismo. Estamos vivendo uma era das empresas prósperas, que conseguem ter um olhar 360 graus para a sociedade. O RH ganhou outras responsabilidades e o líder, outras preocupações. O terceiro setor estava preparado para isso. A vida inteira ele trabalhou na escassez e deu conta. Mesmo os grandes grupos que tinham recursos, precisaram se unir ao terceiro setor que tinha a experiência. A FDC tem um compromisso ético que estamos praticando. Sendo uma escola, precisamos dar o exemplo. Acreditamos no poder transformador da educação e utilizamos os nossos conhecimentos para promover capacitações orientadas para o terceiro setor. Escolhemos ser parte dele e temos responsabilidade no seu fortalecimento”, afirmou Nádia Rampi.

Fonte: Diário do Comércio

2023-11-27T19:10:16-03:0027, 11, 23|0 Comments

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