Para que uma organização seja efetiva, é importante que ela esteja bem estruturada. Além dos setores de comunicação estarem bem administrados, transparência e captação de recursos são outras questões importantes para que a entidade consiga credibilidade e um impacto cada vez maior.
Além disso, é necessário que a avaliação dos métodos usados pela organização não fique em segundo plano, já que é essa avaliação, feita de forma crítica, que mostrará quais pontos precisam ser melhorados, assim como técnicas que não funcionam para a causa.
Foi isso que o consultor Michael Quinn Patton, presidente da organização Utilization-Focused Evaluation, quis deixar claro em sua palestra durante o 14° Seminário Internacional de Avaliação, que teve como tema o Pensamento Avaliativo e a Transformação Social.
Segundo Patton, o pensamento avaliativo está atrelado à experiência das pessoas ligadas à causa e à relação interpessoal. “Há uma mensagem na interação. É preciso pensar ‘o que estamos descobrindo com o processo?’. Dessa forma, impactamos a transformação da entidade”.
A ideia é fazer perguntas significativas, de acordo com a abordagem da organização, já que, de acordo com o consultor, há mais de 150 abordagens possíveis para a avaliação. “É necessário refletir sobre a abordagem”, aponta Patton.
Como exemplo, ele usa o raciocínio sistêmico: não basta olhar apenas para dentro da sua organização, é necessário olhar para todo o sistema em que ela está inserida, o contexto. Se a entidade foca no impacto ambiental, por exemplo, é necessário saber a legislação relacionada à causa ambiental e entender como o seu projeto pode afetar determinadas comunidades.
Outra dica apontada pelo consultor é buscar referências de organizações semelhantes à sua que obtiveram sucesso em um determinado aspecto e tentar entender o processo que as levou a esse sucesso.
Responsabilidade da avaliação
Em 2007, uma ponte caiu sobre o rio Mississipi, na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, o que gerou mortos e feridos. Meses antes, uma avaliação da ponte havia sido feita e constataram problemas na sua estrutura.
Mesmo com a avaliação, nenhuma atitude foi tomada, segundo Patton. Com isso, ele chama a atenção para a responsabilidade da avaliação, já de que nada adianta uma análise sem que ações sejam tomadas para resolver os problemas detectados.
Fonte: Observatório do Terceiro Setor
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